domingo, 10 de agosto de 2008

mal - dormida

Se eu de fato olhasse lá dentro perceberia que as luzes estavam acesas; e você a sorrir. Lia um livro; não sei de que ria. A luz era baixa; consegui enxergar? Não usava óculos.
Passei ao longe (por dentro), mas estava de fato em pé diante de sua porta .
Esperava ver mais algum sinal ou manifestação da face, alguma mudança de expressão. Apenas ria um sorriso suave que não lhe saía da boca: Combinava muito bem com uma pintinha bem pontuada na bochecha esquerda. Pensei, deve estar bem ao sorrir para dentro (para si mesma, ou de si mesma?)

Fazia – lhe companhia de fora, jamais olharias para mim. O foco era outro.
Fiquei ali por tempo que não sei contar (não soube).
Surtiu grande efeito tal visão, mas a hora se esvaía entre meus dedos que quase não conseguiam segurar a caneta.
Fui-me embora deitei na cama e dormi (um sono escasso em tais tempos de tensão).
Sonhei não sei se contigo (foi sim, eu sei, mesmo antes de tê-la sonhado)

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