sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pensei que viver implica em ter importâncias
Im - porta.
Porta para aquele momento colorido rodeado de um dia, talvez cinza, tomando cerveja e conversando sobre aquela alguma coisa que se faça união numa importância compartilhada,

saudades.
Pensei que viver implica em ter importâncias.Tantas.



Me importa cair a tarde olhando você.

A gente dá palavra pra tanta coisa.
Relacionar pensamento e som: falar.
Eu te amo.
Querendo traduzir o que não. Não dá.
Eu te amo é tudo junto, diz de você mordendo a minha mão.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Criar pensamento, pensar sentimento.
O lugar de tudo, de cada coisa, é onde se coloca! Olha quanta obviedade!
Azul pode ser verde se eu quiser meu bem...sabe?
E nada me tira a idéia translúcida e lisérgica, delírio, solução!

A vida, meu amigo, é sonho e construção.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

vixe maria

Acordei e disse, dentro, que hoje seria um dia de casamento.
Casamento de mim com você, porque nenhum outro poderia, agora, de fato, ser.
Ao pisá-la pensei que ir embora seria o melhor caminho, e já envolta a tanto, me perco na partida e digo, eufemizando, que ficarei mais um pouquinho.
Ficar pra te dizer eu te amo, pra acordar com você nos olhos naqueles momentos infinitos que nem conto, isso seria desinfinitizar – não serve. Ai! Aperta o peito não tê-la junto na hora de dormir, na hora em que me vem aqueles rios de poesia próprios para dizer baixo no ouvido, mas que a tecnologia ajuda.

Ah o seu corpo.

Um dia desses...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Porque eu tenho que ir embora
de meia em meia hora?
Queria tê-la em meus braços agora
pra dizer bem baixinho:
fica...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

lancinante

Uma dor lancinante toma conta do meu peito antes mesmo que eu perceba: é você que chegou sem pedir licença.
Tomou conta do meu sono, da minha cama, do meu dia, do meu corpo. Presente na presença, e ainda mais na ausência.
Dói de dor boa e ruim ao mesmo tempo, uma convergência de sentimentos que eu só consigo traduzir pensando o quanto seria bom tê-la ao lado mesmo sem dizer uma palavra.
Vontade de mostrar meu mundo e de conhecer o seu. Vontade essa seguida de medo que paralisa o que deveria ser um chamado cada vez mais forte. Você me chama calada. Sua existência me traz pra perto. E eu já não sou só minha como gostaria que fosse. Em algum pouco tempo você conseguiu, sem nem fazer muita força, encantar toda uma alma solitária por opção. Que já não é.
Esse sentimento que não ouso nomear pega o estômago e o faz tremer.
Se você quiser serei sua, e se não quiser, já sou.

sábado, 20 de setembro de 2008

depois de ter você

Seu casaco cobrindo meus braços que, antes nus, tremiam de frio deitados sob o teclado.
No meu estômago só cabe um Miojo, bem aguadinho - daquele jeito que eu detesto.
( aquela canção repetindo-se).

O dia anoitece de um cinza claro.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

delírio

http://www.youtube.com/watch?v=R3kPxWUbU50

inspirada em fatos reais

A minha amiga diz que já leu a bula do amor,
realmente ela é demais.
Sabe tudo sobre sofrimentos,
tudo, tudo sobre desentendimentos no amor.
Sabe quando um beijo vai rolar, ou pessoas quando vão se apaixonar,
quando estrelas vão no céu brilhar,
e a hora do natal em que noel chegar:
a minha amiga sabe que esse bom velhinho me trará uma bicicleta voadora, com peneus de mel.Com pneus de mel.

Minha amiga sabre tudo sobre sexo: Sífilis, hímen posições.
Camisinha, sexo virtual al al al al.

Agora estou aqui, nessa cadeira de balanço,
relembrando velhos tempo, velhos momentos,
em que aprendi muito com a minha amiga inteligente.

Ela morreu...de uma doença sexualmente transmissível.


(co-autoria de Katuscha Fagury aos 16 anos)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

homenagem ás amigas que estão longe...


pecados para comer depois

Você é a jujuba vermelha do meu pacote de jujubas verdes.
Se houvessem mais jujubas...

E ela foi ficando tão masculina:vestido e cor só na fantasia.
Se houvesse possibilidade.

E não há?

Cinco mil cores reunidas e um pouco mais de apreço.
Te vi cantando anteontem.Onde era mesmo que você estava?
Música qualquer que me desse alegria e saudade.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

oligofrênica

Haha, você sabe o que significa estar com a taça de vinho cheia e não ter nenhum cigarro à mão?Sendo que o mais próximo está na boca do cachorro ou a 20 km de distancia...

(descobrindo palavras novas)
À margem de todas as coisas existe o nada.Sabe que hoje eu acordei sentindo isso: nada.
Parecia que não ia passar, mas de leve me veio a fruta boa e provou-se de forma espetacular que tudo muda num instante.

sábado, 6 de setembro de 2008


Faz vinte anos que eu não durmo. Hoje acordei e fui ao shopping. Ano passado tinha ido, mas estava com tanto sono que nem me lembro.
Hoje foi assim:
Liquidação total, oitenta por cento de desconto, não acreditei que aquilo seria possível e fui lá exercer meu eu comprante.
Não comprei. Olhei olhei e achei que seria melhor voltar no dia seguinte com mais dinheiro.
Haja dinheiro. Um vestido lindo = 99 reais, havaianas amarelas canarinho =12, blusas brancas estampadas em média 20 (e eu teimei em querer tres) e assim por diante (e tudo por mais da metade do preço!). Taxi pra voltar, dez contos e cinquenta e cinco centavos (infelizmente este não estava na promoção).
É Hoje só comprei o tempo do taxista, e umas avelãs com crosta de cacau, uma delicia por sinal.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Vareia

Nua e crua se pudesse eu senti-la,

sonho se pudesse, eu, despi-la.

Platonica

Só sei que... a ouvir Caetano. Seria ele o seu preferido? Gosto de você ao ouvi-lo.
E não só a ouvi-lo, que esteja claro, você vem de tantas formas, até amorfa, insípida. Você tem cheiro de que?
Cor?
Pra mim pode ser laranja – de fruta ácida e doce, simultaneamente. Seria amarela -banana ( ácido escondido na maciez e consistência cremosa, na forma fálica)?
Falo de frutas porque o sentido que mais me transporta a você é o paladar. Meu desejo é senti-la com a boca.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Para quando você nascer

Num dia de abril , sol ou chuva, estamos (estaremos ou estivemos - quem sabe do tempo) todos a postos aguardando o milagre da vida.Um ser que brota do outro.

Tia Júlia já consegue imaginar as brincadeiras posteriores (e o seu sorrizinho).

pela vida

À minha frente, exatamente agora, nascem dúzias de crisântemos, não que sejam exatamente crisântemos, mas por não saber o nome da flor, escolho um mais sonoro.
Além das flores, uma alegria brota lá do fundo - de um lugar por alguns tempos esquecido.(Na verdade que nem me lembrava da existência).Os motivos, não que sejam claros, mas posso enumerar um.
Meu sobrinho que vai nascer de olhos puxados.A expectativa de um ser que está agora (enquanto as flores brotam e a minha alegria), desenvolvendo batidas de coração, cada vez mais fortes e cheias de vitalidade.Depois vêm as mãozinhas os dedinhos, tão pequeninos ainda, mas que um dia serão talvez maiores que as minhas....
Um ser que nasce com um destino ainda tão incerto, mas que fará toda a difereça.
O gênero não importa, o que importa é a vida. (e isso também digo a mim mesma).

sábado, 23 de agosto de 2008

uma talvez julia não tem nada a ver com isso

para um grande amor

Um dia acordei e você não estava ao lado.Perguntei-me a quanto tempo, já que de tempo não vivo (não vivi), mas de espaço.O espaço era uma cama confortável cheia de travesseiros.Aquilo me esquentava, mas ainda continuei perguntando por onde andarias. Imaginei que talvez estivesse pra voltar, que não tinha ido muito longe (ou fui eu quem foi?). Esperei;

Continuei esperando, mas enquanto esperava fumava um marlboro e tomava uma taça de vinho.Você não chegou.Não sei se esperei demais, ou menos.

Saltei da cama e já eram seis da manhã (hora de levantar eu pensei).Fui logo olhar o céu e ver se virias voando. Não veio. Eram só estrelas e talvez a lua.Subi num pé de árvore seca e alí tomei o meu café da manhã (eram bananas e goiabas). Ao descer de lá tropecei num pensamento:será que não voltarias mais (ou nem eu)?A garrafa de vinho estava aberta, resolvi que a tomaria toda, até o último gole, para que talvez minha embriaguez te truxesse. ..Não trouxe.

Achei aquilo tudo muito estranho e resolvi ligar o som, mas estava quebrado.Cantei então uma música sem eu nem saber porque. Ela dizia de uma pétala de flor que voava amarelando o céu, como mágica mesmo.Chorei, não pela pétala,mas porque você ainda não tinha chegado. Decidi esperar mais um pouco .Esperar era demais de longe - te queria perto, e nem sei porque.

A goiaba tinha bichinho, o que me fez sentir neste exato momento uma dor, mas não era na barriga, acho que foi pro peito, e apertou tanto que desta vez embriagada de dor pensei tê-la visto, dançando. Não era (mais uma vez) - tratava-se apenas de mais um devaneio, desta vez devaneio guiado, precisava vê-la, então imaginei - pra ver se vinha assim um momentinho de felicidade.

Ele veio mas já se foi. Me disse que de esperar morre-se sentado, então sentei pra ver se você vinha antes de eu morrer - de saudade ou tédio.

Talvez tenha vindo, não vi.Acho que dormi alí sentada naquela grama verde e fria.Você podia ter me avisado que não viria (ou avisou e eu estava surda - tenho disso ás vezes (?))

Não sei mas continuo esperando. Se for voltar me avisa, mas se não avisar não tem problema - continuo esperando.Se me ouvir te chamar - agora eu chamo - ouve com atenção, pode não ser choro à toa(ou seria?). Eu danço e a música é densa. Nela além de chamar por você, chamo por mim. Quem sabe não nos encontramos?

domingo, 10 de agosto de 2008

mal - dormida

Se eu de fato olhasse lá dentro perceberia que as luzes estavam acesas; e você a sorrir. Lia um livro; não sei de que ria. A luz era baixa; consegui enxergar? Não usava óculos.
Passei ao longe (por dentro), mas estava de fato em pé diante de sua porta .
Esperava ver mais algum sinal ou manifestação da face, alguma mudança de expressão. Apenas ria um sorriso suave que não lhe saía da boca: Combinava muito bem com uma pintinha bem pontuada na bochecha esquerda. Pensei, deve estar bem ao sorrir para dentro (para si mesma, ou de si mesma?)

Fazia – lhe companhia de fora, jamais olharias para mim. O foco era outro.
Fiquei ali por tempo que não sei contar (não soube).
Surtiu grande efeito tal visão, mas a hora se esvaía entre meus dedos que quase não conseguiam segurar a caneta.
Fui-me embora deitei na cama e dormi (um sono escasso em tais tempos de tensão).
Sonhei não sei se contigo (foi sim, eu sei, mesmo antes de tê-la sonhado)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Toda vez que faço xixi de porta aberta vejo dois cavalos: um vermelho e o outro azul. Eles não me olham, mas vivem num mundo muito colorido. Ainda não tenho todas as cores....
Vejamos: amarelo, branco, alguns tons pastéis e uma pitada de preto, em geral na borda, para deixar as coisas bem traçadinhas.

sábado, 5 de julho de 2008

Ah...

Que vontade de dizer eu te amo.Não sei porque, não sei pra quem. Mas eu te amo é frase tão sonora e inabalável.Tão cheia de certezas e carinhos.
Que vontade de dizer eu te amo.Ás mulheres já amadas, as que ainda vou amar...agora não existe eu te amo, não existem certezas, nem carícias. De solidão vivo e sem precedentes nem visões de futuro.
Queria ver meu futuro, amor, agora, para que pudesse lhe dizer eu te amo. Espero meu próximo amor como a um doce que congela na geladeira.

domingo, 27 de abril de 2008

O banquete

Estava quase pronto, le maître de cousine fazia as últimas tortilhas para a sobremesa.Tortilhas de mel com pimenta.Receita da avó.O banquete seguiria com a fartura normal daqueles tempos de colheita.
Sentou -se num banquinho mais próximo.Sentiu um cheiro muito agradável.Preocupou-se com ele por alguns momentos.Quis saber de onde vinha.Chegou mais perto e perguntou se podia provar um pedaço daquele pudim azul.Cor estanha para um pudim.Seria agradável o sabor? Sentou-se então na mesa do banquete e resolveu que provaria de tudo um pouco.Mesmo coisas sem atrativos especiais.Só pra saber-lhes o gosto mesmo.Vestia um casaco azul da cor do pudim (pensei que talvez por isso - quisesse combiná-los - tinha mania de cores).Fazia um frio leve.Talvez ela pudesse tirá-lo mas preferia manter junto ao corpo para causar maior impressão.Observou as pessoas em volta.Todas muito alegres e sorridentes.Ela não sorria.Mas estava de fato contente com as sensações momentâneas.Despediu-se e foi embora.
Um fluído certo, de dentro pra fora."preciso sair".Não deixo.Preciso que fique aí quieto como está.Cozinha mais um pouco.Precisa de ponto de cozimento certo pra ser gostoso.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Pela vigésima vez

Descobri a verdade! Era tudo uma grande mentira.
E como não haveria de ser? Invenções eu posso fazer quantas quiser sem que eu mesma não me perceba mentindo (ou finja não perceber).Ah mas agora eu me peguei.Não vai mais mentir comigo não.Ah mas não.
Ela era de preencher espaço de coisa inalcançável.Ah isso sim.É só a terapia de mim- com- migo- mesma pra mandar pra longe essas trezentas noites sem dormir e devaneios tão entorpecentes.Ah voz macia.Deixaste-me dura.Amoleço é de agora.
Lou Salomé, Martha Graham, Olga Benario, Marquise, Camille Claudel, Isadora Duncan, Isabel Allende, Edith Piaf...

terça-feira, 22 de abril de 2008

virando quase um morcego de olhos bem abertos

Incessante ardor que me corrói.Que eu corrôo a mim desse jeito doentio que era.Doença é coisa ruim pros olhos.Enxerga outro lado que você fica legal. Adoece mais não.

devaneios guiados

#Queria ter um lugar assim que eu pudesse ficar quietin.Quietin de ser eu mesmo.Um amor seria bom .Quem sabe no final?De conseguir expressar. Da cor que for.

#Dionísio me disse uma vez.Você consegue pular?
Pensei assim cá comigo messs: e como não? Basta flexionar os joelhos e dar um impulsozinho.Mas eu não falei.Pensei , nada foi mais.Ele me embebedou e foi embora sem ouvir a resposta.Dionísio querido , estou a te buscar.Só sei a teoria.Pulo alto não.Você me disse que pularia?

#Verdade verde vem de mim pra fora de migo mesma. A tal que era a tal, não é mais e caiu num tombo tão leve de nem perceber os roxos.Não tiveram, só dores. Lá na psique mesmo.Ela é que dói mais que corpo.Dói de não acabar mais.E tem remédio não.Poesia é que é remédio?

#Ca trouxe pra dendimin um medinho de suspirar por vozes.Ah as vozes, já me apaixonei por uma.Tão doce de ser quase deusa sem corpo lindo.A voz que era linda.

#Minha gata está a cá me dizer que não é minha, por mais que eu reclame.Diz ela que é de miau.Fazer o que?Miau também procê.

#Tive cinco donos.
O primeiro caiu num buraco, o segundo cubriu o buraco, o terceiro plantou bananeira. A bananera nasceu e veio o quarto.Lá no quarto agente era feliz, feliz de felicidade boa.Era ruim não.O quinto veio sem face.Ainda não vi.

#Verdade seja dita. Poesia traz comida pra mesa não.Traz é alegria pra boca.Aquele tal de sorriso, de face feliz.Alimenta que é de fazer preenchimento no buraco cavado antes.Fumo um cigarrin e pronto. Posso dormir de barriga cheia.De fumaça.

#Vamo dormir que eu não consigo.Vo ter que tomar remédio.Cerebro parar não quer é apertar botãozinho preto com manchinha escrita de branco.

#É que lava. Ele me diz sem dizer.Tem boca não.Tem é meio de opinião de mundo.De virtualidade de emoção.

#Buraco lavado é casa pra morar pensamento, pra cobrir depois de massa pura, de emoção nova.Que que eu faço então?Vo morar lá longe que é pra entender bem desse buraco. Cobrir com quarquer coisa?Quero não.

#Viajar demais é disso que eu padeço.Pareço bem pra você?Porque pra mim pareço não.Pareço que não pareço com nada.Como se tivesse em contramão.

#Contramão de não sei onde.Aonde eu quero chegar com isso?

#Rir do nada.Aí eu finjo um sorriso e pronto.Tá feito o negócio.

#Buraco pra não sei onde.Não sei de que.Sei sim é tudo de mentira.Falo pra falar mesmo.Pra que mais seria?Pra significar é que procê num falo.falo não.

devaneios guiados # 2

#Vim vivi e venci.nada.só mente existi.se existir for vencer pode-se dizer que sim.

#Aquelas flores amarelas me olham como se eu fosse uma fada alvinegra.alva e negra.como se tivesse em mim dois lados complementares. De fato são.mas não sei mostrá-los.

#Que ajuda eu teria se te pedisse?Pediria:podes me ajudar com minha tarefa de existir em mim e no mundo.Mas que mundo?Que mundo eu vivo?Não sei dizer.Me ajuda a saber?

#Flácidas águas borbulhantes.Correm em minhas veias cor de pálida.Sem sangue sem nada.
Se o nada existir.

#Vividas fontes de águas borbulhantes carregam meus sentidos.Da fonte pode brotar um só jeito:azul.Mas se vermelho for me nego a sair.
Pra que sair, se encontrar –me mesmo não tem fim?

#Viajo no seu laço. Me enlaço pra fugir.Foge comigo?Mas se eu não fugir vai sozinha.Tem perigo não.

#Ver o verde só me enverdeia se eu for de anil.O gris da minha unha eu já comi.Roer unhas é tarefa árdua .De cotidiano ser também. Alcanço no meio do nada uma volta pra algum além, que ainda chamo.Se eu clamo não foge mais?Vem ficar pertin di mim pra eu poder te maltratar?

#De malstratos faço pouco.Faço é comigo mesmo.Se arrede não.O banquin ta aqui do lado.

#Se eu te matasse mataria o medo de sair ao mundo.Mas e se não houvesse mundo para onde eu iria? Talvez pra dendimim.

#Porque escrevo a esmo?É mais fácil de contar.Conto sem pensar.Se não, bloqueio deixa não, sair as lagrimas que não cedo nem fudendo.

#Viajo num espaço alado da cor de algum lugar.Lugar de na sei onde.Não sei aonde chegar.

#Quero mesmo é ver sair.Espero que isso haja.Se não houver não morro não.Só me faço é brotar.Mas em algum outro lado.

#Broto novo de arve verde.Que depois tem flor e lilás.

E vem rima que é uma coisa.Posso deter não.De ter é eu de mesmo.De novo, de novo, de novo...

conversa trivial

Olhei pro alto e logo pensei:é azul.
-azul oque?
- acor do infinito
- porque azul?
-porque eu disse que é.
mas eu estou só pensando como você pode responder?Me ouve?
-ouço sim, eu sou o infinito.

Angelina e sua mãe

- Vou tomar remédio.
A reação não foi das melhores, me disse que ficasse quietinha no meu canto.
Pensei na minha meninice - Amuadinha não fico mais.
-É que quero saber o que acontece depois.
-Depois de que?
-Depois de tudo ué, depois de acontecer alguma coisa - preciso que aconteça alguma coisa.
(Será que eu penso demais? Deveria falar ao invés de só pensar?
Não sei se as pessoas estão preparadas pra me ouvir, eu tenho idéias muito malignas...)

segunda-feira, 21 de abril de 2008

No.365

Se eu fosse uma vaca, mugiria bem alto.Auto.

(para o café da manhã)

Sorri mais uma vez e disse: a decisão está tomada.Quer também um copo? Aproveita enquanto ainda tenho no pote.O pote é grande (mas não muito).Tem umas florezinhas na borda.Coloridas.
Talvez você prefira um chá de sumiço.Talvez?
Eu já tomei.Quentinho.Estava realmente bom.Gostoso.Como xuxu com laranja.Se você não gosta eu adoro.Sou vegetariana sabe?

sábado, 29 de março de 2008

e ponto (.)

Me incomodam as meias palavras.São meias ou são Palavras?Meias esquentam, palavras comunicam.

Queria poder ver as crianças correndo,crescendo,pronunciando suas frases mais elaboradas.Tenho saudade das crianças.De mim quando criança.

Sem saber

Me atrasei...não sei se é a hora certa.
Ou cheguei cedo demais?
O tempo eu não sei ....não sei dele.
Ele não sabe de mim...passa e finge que não me vê....assim meio blasé.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Mentirinhas

Fiz uma longa caminhada .Passei por postes e pela água (mentira, não estava chovendo. Agua? só se fosse a que eu levava dentro da minha típica "garrafinha" ).Olhei pro céu, azul.Decidi continuar então o caminho, mesmo que não fosse continuável - eu criaria um atalho mais longo.Desci do ônibus e fui andando(ônibus?).Queria ver melhor as cores do mundo.
Uma vez alguém me disse que tivesse uma "meta".Decidi então não ter, queria chegar em todos os destinos.Fosse como fosse (Será que eu pequei pensando isso?).
Voltando à pseudoconcreticidade do meu caminho avistei um jardim com um lago - um lago verde com alguns cisnes que nadavam -não sei se nadavam pois não se mexiam. Subi em uma das palmeiras, não haviam sabiás....ok....continuei andando....até que....cheguei na rodoviária e li em uma placa : ida e volta para Pasargada por apenas 14,90.
É pra lá que eu vou.

Malícia

Faço então de mim o fio da meada. Me fio , fio, até que possa ser visível.A linha que eu uso é in-visível e preciso de muito dela para que possa ...(pausa)
Aquele amor maldito me disse uma vez que não fosse lá, que não fosse....
Agora não sei se ainda consigo voltar e me tornar imagem. Acho que só a mim.Você pode me dizer? Está me vendo? Me vê?
Tomei então quatro gotas de floral e percebi que seria vista assim ...mas só até que o encanto acabasse, até a meia noite (no meu caso meio dia).
Acordo então do sonho - e percebo que não passava de sonho.Eu gosto de sonhar.

Duas noites sem Dormir

Mas sim eu dormi, aquelas 8 horas a que se deve todos os dias.Dois dias sem dormir nos seus braços(ou duas décadas?).Sem sentir o seu cheiro, o vapor da sua alma....Gostaria de te encontrar no infinito- um infinito que nos pertença.Mas se nada nos pertence....o que fazer? A juventude é divina.As lágrimas também.Eu não tenho lágrimas.Você as tem?Me empresta um pouqinho pra eu poder sorrir quando te ver?Se puder manda pelo correio pra chegar mais rápido. A virtualidade não me alcança.
Vou sair correndo quando te vir, correndo e pular no mar, nadar até que eu canse e queira voltar ao porto.Seguro? Se não for eu volto e nado mais um poquinho.Se me afogar não procure me resgatar, já estarei salva.